Originalmente publicado em 31.08.2015.
Atualizado em:
08.05.2017.
18.05.2020
08.05.2017.
18.05.2020
A pedal steel guitar é um instrumento profundamente enraizado na cultura musical norte-americana, isso é inegável. Do bluegrass e country à soul music e gospel, sua contribuição é notória. E Robert Randolph vem já há algum tempo sendo considerado um dos mais bem dotados na arte deslizar um tubo metálico por sobre as 14 cordas deste exótico, e de sonoridade única, instrumento.
Na verdade, o surgimento deste prodígio deu-se na tradicional igreja pentecostal House Of God, em Orange, NJ, que incentiva o uso deste instrumento -denominado por eles sacred steel- em cultos desde os anos '30. E foi assistindo a estes músicos que Randolph desenvolveu sua técnica peculiar, uma espécie de energética celebração à vida. Dos templos para os clubs da região não demorou muito. E seus concertos incendiários, sempre secundados por seus irmãos Marcus (bateria) e Lenesha (vocais), o primo Danyel Morgan no baixo e vocais e com a colaboração de uma verdadeira seleção de conceituados músicos que acreditaram profundamente em seu talento, chamaram a atenção da indústria. Ao ponto de seu primeiro álbum, 'Live At The Wetlands' de 2002, ter sido registrado ao vivo, a fim de capturar todo o vigor de suas apresentações.
Em 2003, já com um nome consolidado e um novo álbum, o derivativo 'Unclassified', na praça, chama a atenção de Eric Clapton, que o convida para abrir sua turnê. A reboque, recebe a incumbência de compor e executar o tema para a cobertura pela ABC daquela temporada da NBA e 'We Got Hoops!' foi um sucesso. Desde então, o prestígio de Randolph cresceu vertiginosamente e seus concertos tornaram-se, invariavelmente, lotados, dentro e fora dos USA. Os álbuns seguintes, 'Colorblind' (2006) e 'We Walk This Road' (2010), recheados de participações do porte de Clapton,T-Bone Burnett, Ben Harper e Leon Russell, seguem a mesma trilha, agora mostrando um notável amadurecimento autoral e estilístico. Afinal, segundo o próprio Randolph, antes de ser descoberto pela música secular (termo usado pelos pentecostais para denominar a música não religiosa), ele pouco ou nada conhecia fora do repertório utilizado nas celebrações religiosas. Talvez resida aí a originalidade de sua sonoridade, na absorção de forma tão intensiva de tantas e das mais variadas informações musicais.
O excelente e multifacetado 'Lickety Split', de 2013, é seu último trabalho e traz o guitarrista chicano Carlos Santana como convidado em 2 de suas 12 faixas.
Divirtam-se com a mistura de soul, gospel, rock, blues, bluegrass, americana, cajun e latinidade de Robert Randolph e sua The Family Band, e que tanto encanta ícones da envergadura dos já citados acima e ainda Gregg Allman e Warren Haynes entre tantos outros que ainda se renderão ao seu talento.
Divirtam-se com a mistura de soul, gospel, rock, blues, bluegrass, americana, cajun e latinidade de Robert Randolph e sua The Family Band, e que tanto encanta ícones da envergadura dos já citados acima e ainda Gregg Allman e Warren Haynes entre tantos outros que ainda se renderão ao seu talento.
08,05.2017
NEW!!!
18.05.2020
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VIDEOS
13 comentários:
Fala Edson. Baixei o live e deu problema na descompactação (falha de CRC?!?!). Ficou faltando a faixa 1 no arquivo descompactado.
abrs
Falaê, Morcegão!
À noite, subo um novo link.
[]ões
Link para o 'Live In Concert' já substituído.
[]ões
Cara, já estou sentindo a falta de rock neste blog, que ultimamente tem enveredado pelas praias do funk, jazz, soul, e o escambau, menos rock !!
Será que o efeito se dá por causa dessa massificação desemfreada e patética dos garotões de bonés virados em cima do "côco", brincos argola nas zôreias e cordões de prata falsos horrorosos no pescoço com seus carros de sons turbinados e que desfilam pelas ruas das periferias tocando os horrorosos e inaldíveis "funk carioca" ?
É, esse o G&B já foi bom, vou dar um pulo por outros blogs mais digamos, fiéis ao bom e velho rock 'n' roll !!
O G&B é um blog de música, Túlio, e não apenas de rock. E, acima de tudo, é um reflexo do meu momento. Sim, ando curtindo mais o que a música negra vem apresentando, até porque o rock anda muito igual, salvo raríssimas exceções (e estas eu trago pra cá).
E quem dera que os tais "...garotões de bonés virados em cima do "côco", brincos argola nas zôreias e cordões de prata falsos horrorosos no pescoço com seus carros de sons turbinados e que desfilam pelas ruas das periferias tocando os horrorosos e inaldíveis "funk carioca"" ouvissem os diversos gêneros da música negra que disponibilizo por aqui. Certamente, não estariam fazendo e ouvindo uma música (???) de tão baixa qualidade.
E um pouco mais de ecletismo musical lhe faria muito bem...uma mente preguiçosa tende a tornar-se obtusa.
[]ões e té mais!
Valeu, Edson. Estou baixando. []s
Caro Edson, o link que está com defeito é o do Live At Westlands, que não descompacta a faixa 1.
Você tem total razão, "uma mente preguiçosa tende a tornar-se obtusa". Eu encontrei aqui no seu blog vários estilos musicais que não são bem assim a minha praia, experimentei alguns e gostei da maioria. Suas postagens primam pela qualidade intrínseca dos artistas, independente do estilo musical. Existem muitos outros sites com "o mais do mesmo" por aí, o seu é bem mais autêntico.
Obrigado por tudo!
Um abraço do,
Cláudio Netto
Oi, Claudio!
Entendi que fosse o 'Live In Concert'. O César não retrucou a informação de que eu estava subindo um link pra esse álbum. Como vou saber? hehehe E eu que faço fumaça...hehehe. Vou subir um novo link pro 'Live At Wetlands'. Retorne um pouco mais tarde.
E valeu pelas palavras de incentivo. Se minhas postagens puderem abrir um pouquinho a cabeça das pessoas para o novo, o trabalho já valerá -e muito!- a pena. E quem diz isso é um 'garoto' de 56 anos!
[]ões
Mea culpa. Total falta de atenção em perceber que havia dois lives. Foi mals.
Conheço o Edson há muito tempo, desde que criei o SdN, que nem era no Blogspot. Foi o primeiro blogger a fazer comentários lá e começamos a trocar idéias.
Foi ele o responsável por, até hoje, me apresentar a álbuns e grupos que eu nunca havia ouvido.
Fazer um blog como o SdN, onde posto bandas conhecidas, é fácil. Difícil é instigar as pessoas com o novo, o inédito, o eclético... Isto o G&B faz com perfeição.
Valeu, Edson
Aê, gALLera, já tem link novo pro 'Live At Wetlands'.
[]ões
Que isso, Morcegão??? Assim, meus olhos se encherão de ciscos, hehehe. E vc não imagina como fiquei feliz com a volta do SdN! Estava me sentindo muito solitário com tantos blogs fechando as portas pois ainda considero este o melhor formato para este trabalho de formiguinha, seja pelas possibilidades de layout e até mesmo pela facilidade de localização. O FB eu deixo pra outras coisas, hehehe.
[]ões
Falaê Edson!
Já que o assunto acima referiu-se ao lado bom - e infelizmente, pouco conhecido e/ou pouco divulgado - da música negra, e lembrei de uma banda muito boa que é a Neville Brothers.
É uma pena que o preconceito e a desinformação ainda existam.
Jimi Hendrix, Chuck Berry, Little Richards, Buddy Guy, Buddy Miles, Miles Davis, Stanley Clarke, Ike Turner, e porque não, Muddy Waters, Freddie King e Stevie Wonder, entre tantos outros músicos negros, foram todos expoentes do "rock" sem fronteiras e bandeiras.
[]s
Digaê, PJ!!!
Não diria que ocorre preconceito contra a música negra, ao menos desde a década de 60. Desde então, a música negra, em qualquer formato, ainda domina o universo pop.
A família Neville é icônica, um dos símbolos máximos da música de New Orleans, berço do jazz, e reconhecida mundialmente.
[]ões
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